quinta-feira, 29 de julho de 2010

CAATINGA

INTRUDUÇÃO

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, ocupa mais de 75% de sua área, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 80.000.000 ha, 6,84% do território nacional: ocupa os estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Maranhão e o norte de Minas Gerais. Segundo o Censo 2000, cerca de 27 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela Caatinga, em quase 800 mil km² de área. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa “mata branca”.

FLORA

A Caatinga apresenta três estratos: arbóreo ( 8 a 12 metros ), arbustivo ( 2 a 5 metros ) e o herbáceo ( abaixo de 2 metros ). A vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo de chuva.

A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas – formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio ( 3 a 7 metros de altura ), caducifólias ( folhas que caem ), com grande quantidade de plantas espinhosas ( exemplo: leguminosas ), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas.

Algumas plantas têm as folhas muito finas. Os espinhos dos cactos são o estremo deste tipo de folha. Outras têm sistema de armazenamento de água, como as barrigudas. Às vezes cobrem a superfície do solo, para capturar o máximo de água durante as chuvas leves. As espécies mais abundantes incluem a palma, palminha, quipá, mandacaru, xique-xique, coroa de frade, macambira, jurema, umbu, emburana, maniçoba, mimosa, catingueira, marmeleiro, canafístula, pata-de-vaca, perero, quixabeira, favela de galinha, burra leiteira, barriguda, mulungu, anjico, baraúna, aroeira e o juazeiro, uma das poucas que não perdem suas folhas durante a seca.

A Caatinga, conta com 318 espécies de plantas endêmicas, ou seja, que não são encontradas em outros ecossistemas. O número – quase o dobro citado no último levantamento do tipo, há dez anos – é uma das informações contidas no livro Vegetação e Flora da Caatinga que foi lançado em agosto de 2002, durante o qüinquagésimo terceiro Congresso Nacional de Botânica, no centro de convenções, em Olinda - Pernambuco.
As plantas endêmicas pertencem a 18 gêneros de 42 famílias botânicas distintas. A família mais bem representada na lista é a das leguminosas, com 80 plantas. Em seguida está a das cactáceas, com 41 espécies. Entre as cactáceas endêmicas estão o mandacaru ( Cereus Jamacaru ) e a coroa de frade (Melocáctus Oreas).

FAUNA

As espécies da Caatinga somam mais de 4.230. A biodiversidade da Caatinga, no entanto, é a menos conhecida no um mundo. Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 41 espécies de lagartos, 7 espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, 4 de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymnophiona.
Os níveis de endemismo também surpreenderam os pesquisadores. Das 48 espécies de lagartos e cobras-de-duas-cabeças (anfisbenas), 16 são somente encontradas na Caatinga. Isso equivale a um índice de quase 40% de endemismo. Reunindo anfíbios e répteis, o índice é de 15%. Há 148 mamíferos registrados para a Caatinga, 10 são endêmicos. O endemismo mais surpreendente, no entanto, é o dos peixes. A maioria é exclusiva da região.





Entre as aves, o índice de endemismo é menor. Das 348 espécies registradas apenas 15 são endêmicas. Em compensação, a Caatinga abriga 20 em risco de extinção, das quais duas estão entre as aves ameaçadas do mundo, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari). A primeira é exclusiva de Curaçá, na Bahia. A segunda, do Raso da Catarina, no mesmo estado.




OCUPAÇÃO DA CAATINGA

A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil-Colônia com o regime de sesmarias e sistemas de capitanias hereditárias, por meios de doações de terra, criando-se condições para a concentração fundiária. A extração de madeira, a monocultura de cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem á exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.



DEGRADAÇÃO

Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastantes alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, e a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram modificados por ação antrópica.



COMENTÁRIOS SOBRE A SECA

O aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores emergentes no período das chuvas, cujo índice pluviométrico varia entre 300 e 800 milímetros anualmente. Quando chega o mês de agosto, parece que a natureza morreu. Não se vêem nuvens no céu, a umidade do ar é mínima, a água chega a evaporar 7mm por dia e a temperatura do solo pode atingir 60°C. As folhas da maioria das árvores já caíram e assim, o gado e os animais nativos, como a ema, o preá, o mocó e o camaleão, começam a emagrecer. As únicas cores vivas estão nas flores douradas do cajueiro, nos cactus e juazeiros. A maioria dos rios pára de correr e as lagoas começam a secar. A ocorrência de secas estacionais e periódicas (a estiagem pode durar de sete a nove meses) estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. Pequenos ramos finos, casca fina, cor esbranquiçada, deixam o sol bater forte no solo. As folhas que caem são consumidas pelo calor sem formar manta florestal. O solo, de tonalidade clara, fica desprotegido e trinca, racha. As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo na maneira decisiva na vida do sertanejo – nome pelo qual é conhecido o típico habitante da Caatinga. Elas prejudicam bastante a produção agrícola e a pecuária, as bases da economia local.
Mesmo quando chove, o solo pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada (médias entre 25°C e 29°C) provoca intensa evaporação. Na longa estiagem os sertões são, muitas vezes, semidesertos que, apesar do tempo nublado, não costumam receber chuva. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuva (o inverno é uma estação de chuva irregular. Três a cinco meses de verde, ás vezes inundação). A paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. A fauna volta a engordar.


CONCLUSÃO

A Caatinga não é um ecossistema pobre em diversidade, como se pensava até mesmo no meio acadêmico. É sim, o menos estudado, o menos protegido e um dos mais degradados. E também o único exclusivamente brasileiro.

domingo, 25 de julho de 2010

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A biodiversidade constitui um dos bens naturais mais importantes e valiosos do mundo, e assim como a água, a terra, o sol, o ar que respiramos, faz parte do patrimônio natural do planeta Terra a serviço da nação. A fauna e flora são resultados de milhões de anos de evolução, abrangem uma diversidade de formas de vidas, tanto no meio aquático como no meio terrestre imensuráveis, tão dignos de cuidados e zelo, quanto qualquer outro tesouro nacional. Essa é, portanto, a importância de preservação do ambiente físico para que assim existam condições para a modificação da vida.
No entanto, seria de se esperar que com um número tão grande assim de espécies, qualquer intervenção antrópica irracional, fosse estabelecida um verdadeiro caos, visto que, cada espécie por menor que seja é elemento impar para o equilíbrio e manutenção desse sistema. O Brasil possui uma biodiversidade bastante privilegiada, cuja diversidade biológica é extremamente bela e de forma variada.
Não é por acaso, que estamos entre os três países de maior diversidade biológica do mundo, mas porque cerca de 20% das espécies conhecidas do mundo são encontradas aqui. Contudo, essa riqueza biológica brasileira é o resultado da formação de diferentes zonas biogeográficas: Floresta Amazônica, Pantanal, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, além disto, apresenta uma heterogeneidade de ecossistemas que incluem recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos.
No nordeste do Brasil existe uma idéia, que é definida há tempo, de caatinga, como um bioma pobre em biodiversidade, sendo constituída por uma vegetação feia, repulsiva. A caatinga poderia ser mencionada como um dos mais surpreendente, bioma brasileira: o próprio nome já sugere a razão para isso:
Caatinga, quer dizer mata branca, na linguagem Tupi-guarani. Obviamente, a diminuição da fauna e flora do nordeste, assim como da flora é agravada devido aos impactos antrópicos, em função da ocupação agrícola, urbana e, sobretudo pela pobreza acentuada de boa parte da população, que busca sua fonte de alimentação e de renda nos recursos naturais ali existentes.

Espécies da Caatinga que estão Ameaçadas !

- Ararinha-azul

É uma ave exótica que está desaparecendo devido ao tráfico de aves. No total existem apenas 100 exemplares em cativeiro, sendo que a maioria está fora do Brasil. O problema é que a destruição do habitat natural da Ararinha-azul dificulta a reprodução da espécie, que está seriamente ameaçada de extinção.


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Baraúna

É uma árvore que está presente em toda a extensão da caatinga e possui alguns exemplares no pantanal. Sua madeira é bastante resistente e por isso ela é bastante cortada para confecção de móveis, embora esteja em extinção.


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- Gato Maracajá


Este belo animal entrou em extinção devido a caça que sofria, pois sua pele era usada para confecção de casacos.
Além de ser caçado devido a sua pele, o gato maracajá também era caçado por traficantes de animais silvestres. E seu habitat está sendo destruído, prejudicando a reprodução da espécie.


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Bicho Preguiça


Está ameaçado de extinção na fauna da caatinga, pois sua população diminuiu devido ao tráfico de animais silvestres. Como sua alimentação é baseada nas folhas das árvores, o animal é bastante prejudicado devido ao desmatamento ocorrido na região. Utilizar a diversidade da caatinga em projetos artesanais poderia trazer benefícios para a população e a ajudar a preservar a região.


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É importante que as pessoas se dêem conta da necessidade de preservar este ecossistema tão rico, pois várias espécies animais e vegetais dependem dele.

Algumas plantas como o velame por exemplo, que é eficiente para combater a febre, podem ser utilizados na medicina como alternativa a remédios existentes.

Nathalia Matos

Vocês Sabiam?

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● Cerca de 327 espécies animais são endêmicas (exclusivas) da Caatinga. São típicos da área 13 espécies de mamíferos, 23 de lagartos, 20 de peixes e 15 de aves. Entre as plantas há 323 espécies endêmicas!


● A Caatinga compreende quase 10% da área total do território brasileiro, com aproximadamente 740.000 km2!


●Uma área de Caatinga mais conservada pode abrigar cerca de 200 espécies de formigas, enquanto nas mais degradadas há de 30 a 40!


● Cerca de metade da paisagem de Caatinga já foi deteriorada pela
Ação do homem. De 15% a 20% do bioma estão em alto grau de degradação (com risco de desertificação)!


●Vive na Caatinga a ave com maior risco de extinção no Brasil, a ararinha-azul (Anodorhynchus spix), da qual só se encontrou um único macho na natureza!

●Uma formação de relevo característica na depressão nordestina é o 'inselberg', bloco rochoso sobrevivente ao desgaste natural!


●Na estação seca a temperatura do solo pode chegar a 60ºC!


●A perda das folhas da vegetação da Caatinga é estratégica. Sem folhas, as plantas reduzem a superfície de evaporação quando falta água !


●No idioma tupi, Caatinga quer dizer Mata Branca, referência à vegetação sem folhas que predomina durante a época de seca!



Denner Macelo.

A realidade da Caatinga


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A realidade da catinga é outra, pois cada vez mais seus ecossistemas estão sendo encontrados bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, e a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram modificados por ação antrópica, ou seja, a ação do homem com a natureza.


Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento econômico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da terra e da instabilidade das precipitações pluviométricas. A principal atividade econômica desenvolvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura se destaca na região através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região, juntamente com a Parnaíba.


Porém esse projeto - transposição do rio São Francisco - está sendo muito polêmico; por se tratar de opiniões e aspectos distintos:


Por um lado, está o abastecimento de água para as populações mais necessitadas do sertão, á maior fixação do homem no campo evitando grandes fluxos migratórios, além da geração de renda para os mesmos, seriam como fontes de trabalho e teriam uma maior rentabilidade daqueles proprietários de terras.


Mas, outro aspecto desfavorável é que existe a possibilidade de um desequilíbrio ambiental e como conseqüência, haveria a queda na produção de energia hidrelétrica pela diminuição da vazão das águas pelo uso delas.


Bem, sabemos que estudamos a história como uma ciência, para compreender o passado, entender o presente e transformar o futuro. Se hoje a Caatinga está passando por uma situação de desertificação gravíssima, é conseqüência da ação do homem no passado e o futuro ninguém sabe, porque, para reverte essa situação, levaria mais ou menos mil anos. Enquanto isso, sua população sofre com a diminuição de alimentos e o aumento do desemprego.



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Chirley Pereira.